sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Paz Armada

Paz Armada é o nome usado para descrever o período de guerra das 3 coroas a 1914 que antecedeu à Primeira Guerra Mundial. Foi um momento de intensa corrida armamentista, quando a Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro-Húngaro e o Império Turco-Otomano) ampliava sua capacidade bélica, e a Tríplice Entente (Rússia, França e Inglaterra) procurava ficar equipada. A indústria bélica aumentou consideravelmente os seus recursos, produzindo novas tecnologias para a guerra. Além disso, quase todas as nações europeias adotaram o serviço militar obrigatório, incentivando assim o sentimento nacionalista. A Paz Armada (1905-1914) foi notória na Primeira Guerra Mundial. A persistência de tensões entre os Estados os levaram a gastar grande parte de seu capital para investimentos na indústria do armamento e da promoção do exército. Isto resultou em um complexo sistema de alianças em que as nações estavam em conflito, sem estar em guerra. Armados e paz é um notável oxímoro (termos contraditórios). Paz armada também está relacionada com o período de paz de determinados países, mas prontos para a guerra.

Táticas de infantaria

No início do século XX a maioria dos chefes militares dava uma grande importância à utilização da infantaria em ataques com baioneta apoiados pela cavalaria e por peças móveis de artilharia. Os oficiais franceses eram grandes adeptos desta táctica e, na 1ª Guerra Mundial, enviaram soldados para o campo de batalha sem equipamento adaptado às trincheiras. Diziam que as precauções defensivas eram desnecessárias se se fizessem ataques maciços e suficientemente rápidos.
Estas tácticas foram postas em causa depois dos exércitos terem sofrido pesadas baixas em ataques contra trincheiras defendidas por metralhadoras. Apesar dos bombardeamentos que se faziam antes dos soldados avançarem, do uso de gás e de lança-chamas, a infantaria fracassou na Frente Ocidental nas batalhas que se travaram em 1915.
Só em Amiens, em 1918, quando o coronel John Fuller conseguiu convencer o general Henri Rawlinson a usar 412 tanques de guerra seguidos por soldados e apoiados por 1000 aviões de combate é que os aliados conseguiram quebrar as defesas dos alemães na Frente Ocidental.


Carla Gabriele nº 07 3º ano 07

Depoimentos de soldados

"A mesma velha trincheira, a mesma paisagem,

Os mesmos ratos, crescendo como mato,

Os mesmos abrigos, nada de novo,

Os mesmos e velhos cheiros, tudo na mesma,

Os mesmos cadáveres no front,

A mesma metralha, das duas às quatro,

Como sempre cavando, como sempre caçando,

A mesma velha guerra dos diabos."

(soldado inglês)



"Estamos tão exaustos que dormimos, mesmo sob intenso barulho. A melhor coisa que poderia acontecer seria os ingleses avançarem e nos fazerem prisioneiros. Ninguém se importa conosco. Não seremos substituídos. Os aviões lançam projéteis sobre nós. Ninguém mais consegue pensar. As rações estão esgotadas - pão, conservas, biscoitos, tudo terminou! Não há uma única gota de água. É o próprio inferno."

(soldado alemão)


Fonte: Marques, Adhemar Martins et at (orgs.). História Contemporânea através de textos. São Paulo, Contexto, 2000, pp. 118 e 120.


Os fragmentos apresentam o depoimento de dois soldados, um inglês e o outro alemão, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
 
 
Sabrina Araújp nº 44 3º 07

Mapa depois da Guerra

BALANÇO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Da mesma forma como a guerra se estendeu para vários continentes, seus efeitos também se fizeram em todos os quadrantes do globo, envolvendo diretamente a população civil, que sofreu a cão dos bombardeios, das invasões, das epidemias e da fome.
A guerra, ao contrário do que ocorrera até então, foi travada entre potências industriais e comerciais, o que ampliou muito seu poder de destruição: face às necessidades do conflito surgiu uma indústria bélica que se aperfeiçoava a cada dia.
As perdas humanas foram consideráveis e as estimativas mais realistas indicam um total de 13 milhões de mortos para a Europa, sendo que a Alemanha, Rússia, França e Império Austro-Húngaro tiveram quase dois milhões de mortos cada um e a Inglaterra quase um milhão.
Os Estados Unidos, ao contrário, foi o país que menos população perdeu: 115 mil pessoas. Os norte-americanos foram grandes beneficiários do conflito, pois, ao financiarem o esforço de guerra dos aliados, através da concessão de pesados empréstimos, colocaram a Europa nas malhas de uma estreita dependência econômica.
Com o final da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos caminhavam para se transformar, portanto, na potência preponderante do planeta.
A Europa via começar o seu declínio. Foi obrigada a partilhar com os Estados Unidos o domínio do mundo.
O final da guerra trouxe profunda crise econômica, com altas taxas de inflação gerando desemprego, caristia e miséria.
 
 
Carla Valéria nº 47 3º7

Video



Imagens que mostram como era a guerra nos campos de batalha.


Carla Gabriele nº 07 3º 07

O poder naval das grandes nações

O poder naval das grandes nações em 1914
Nação      Tripulação                Maiores navios       Tonelagem
Rússia54.0004328.000

França
68.00010731.000

Grã-Bretanha
209.000292.205.000


Total
331.000433.264.000

Alemanha
79.000171.019.000

Áustria-Hungria
16.0003249.000

Total
95.000201.268.000


 


Sabrina Araujo nº 44  3º 07

Fatores que provocaram a Guerra

Uma explicação sucinta do porque da Guerra. Boa aula :)


Sabrina Araújo nº 44 3º 07